Era uma vez uma moça filha de uns quinteiros muito antigos desta quinta, há muitos, muitos, muitos anos… Chamava-se Diamantina…ela estava para casar com um rapaz bem feito de corpo e que andava a cavalo… era mais rico do que ela… ora um dia passou por aqui uma velha que se assomou à porta para pedir um copo de água numa tarde de muito calor e, olhando para a moça murmurou “ ‘Na te cases Diamantina que outra é a ‘tu’ sina”.
Perguntou-lhe a rapariga que significava aquilo mas a velha apenas repetiu: “ ‘Na te cases Diamantina qu’ outra é a ‘tu’sina”. E assim como disse assim desapareceu como por encanto. Ficou a moça a empreender naquilo de tal maneira que várias noites a fio sonhou com a “esquisita criatura”. Nesses sonhos ela aparecia-lhe e dizia “vai à horta Diamantina/vai buscar o ‘té tesoure/que está debaixo da mina/ e vale más do qu´o oure”.
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